quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Garganta

Garganta
Ana Carolina

Composição: Antonio Villeroy

Minha garganta estranha quando não te vejo
me vem um desejo doido de gritar.

Minha garganta arranha a tinta e os azulejos
do teu quarto, da cozinha, da sala de estar. (2x)

Venho madrugada perturbar teu sono
como um cão sem dono me ponho a ladrar.

Atravesso o travesseiro, te reviro pelo avesso,
tua cabeça enlouqueço, faço ela rodar. (2x)

Sei que não sou santa, as vezes vou na cara dura,
as vezes ajo com candura pra te conquistar.

Mas não sou beata, me criei na rua,
e não mudo minha postura só pra te agradar.

Mas não sou beata, me criei na ruína
Não mudo minha postura só pra te agradar.

Vim parar nessa cidade, por força da circunstância,
sou assim desde criança, me criei meio sem lar.
Aprendi a me virar sozinha
e se eu tô te dando linha é pra depois te..
A
prendi a me virar sozinha...
e se eu tô te dando linha é pra depois te abandonar. (4x)

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